A festa democrática das eleições 2012 está definida. Pelo menos, em relação aos vereadores. E é nesse nicho que aparecem as maiores bizarrices que, nós "cidadãos conscientes", temos que aturar durante alguns meses. São super-heróis, mulher-fruta... todos querendo só aparecer.
Mas peraí! O que o futebol tem a ver com a política?! Não é ele o assunto mais importante entre os menos importantes?! Muitos não sabem, ou não querem enxergar. O futebol é essencial para a vida humana. E os políticos sabem disso. Então, vamos a apuração dos votos da eleição do Paixão Clubística.
Em primeiro lugar, do partido NLS (Nem Lula me Salvou) ficou o ex-ministro dos
Esportes, Orlando Silva, com 19.739 votos. O candidato, há um ano, pediu
demissão do governo após suspeitas fraudes em contratos entre o
Ministério e ONGs. Orlando Silva foi apontado como o líder de um esquema de
corrupção que pode ter desviado mais de 40 milhões de reais em apenas oito
anos.
Na
vice-liderança, não muito distante, está a candidata da coligação FCM (os Flamenguistas Cansaram de
Mim) Patrícia Amorim, com 11.687 votos. Há doze anos, a presidente do rubro-negro teve quase treze mil votos a
mais que nestas eleições. Uma incrível marca!
A má administração
do Flamengo, a viagem à Olimpíada de Londres no momento mais delicado que o clube atravessou no ano, o corte de linhas telefônicas na Gávea e a dívida de mais de
300 milhões de reais, devem ter atrapalhado um pouquinho a popularidade da
presidente nas urnas cariocas.
E para a alegria
da nação, nessa disputa não haverá segundo turno. Ambos foram descartados do
jogo. E fala o outro: “A bola pune,
companheiro!”.
Mas este texto, de retorno do Paixão, não poderia se esquecer do maior clássico mundial da atualidade, Barcelona e Real Madrid. Antes do jogo começar muita política. Os mais de noventa mil catalães fizeram um mosaico gigantesco no Camp Nou e cantaram para pedir a independência da Catalunha, comunidade autônoma que fica na Espanha. Veja o vídeo aqui! Lembrando que historicamente o Real Madrid é conhecido por ser o time do ditador Franco, comandante do período mais trágico da história espanhola e simultaneamente, os anos que "los blancos" cresceram e se tornaram a potência que conhecemos hoje.
Final de semana político e futebolístico no Brasil e na Espanha. E já dizia Nelson Rodrigues, "No futebol, o pior cego é aquele que só vê a bola.".
Muito bom texto. Vale a reflexão de uma antiga máxima, se os brasileiros dedicasse a outras atividades, como por exemplo a política, o tempo, paixão etc que dedicam ao futebol, talvez o país vivesse dias melhores, quem sabe... Mas nunca é tarde para mudar.
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