Por Fausto Monteiro, convidado da semana.
“Faltando
segundos para acabar a partida, o zagueiro ganha tempo segurando José Aldo, que
procura uma brecha para agir. Em um movimento rápido, José Aldo faz um jogo de
corpo e cria uma ótima oportunidade! Com uma agilidade impressionante, acerta
um chute incrível, mas não marca! A bola ainda está viva, o tempo não acabou.
José Aldo se joga com tudo e a bola entra! É Goooooool!!! No último segundo
José Aldo marca e é campeão! O atleta perde a cabeça, tira toda a roupa, fica só
de cueca e corre para o meio da galera!”
Caso
o UFC fosse futebol, provavelmente a luta principal do evento deste sábado, o
UFC 142, que aconteceu no Rio de Janeiro, teria sido narrada desta forma. Mas,
apesar de José Aldo ter conseguido uma vitória impressionante e ter mantido o
cinturão dos pesos pena, o que marcou este embate foi a irreverência na
comemoração do lutador amazonense (criado no Rio de Janeiro).
Com
uma concentração de praticamente um serial killer, José Aldo entrou pelo HSBC
Arena perturbado. Não parou quieto nem quando foram lhe preparar para a luta, colocando
vaselina em seu rosto. Já dentro do octógono, manteve sua tradição e não olhou
para o adversário. Na luta, se esforçava para não ser levado para o chão pelo
lutador de wrestling, o americano Chad Mendes. Após a vitória, extravasou.
Encontrou um portãozinho aberto e correu para a galera.
A
quebra de protocolo causou uma cena inédita no evento que tem como
característica a ótima organização. Seguranças desesperados e homens
importantes de terno tentavam trazer José Aldo de volta ao octógono. E ele só queria
curtir, só queria abraçar toda a galera que gritou desde o início, queria
abraçar aqueles que o ajudaram de alguma forma. Na verdade, se pudesse, ele
abraçaria o mundo.
José
Aldo é um daqueles lutadores que você torce com o coração, que você vê o
sofrimento que ele deve ter passado para chegar ali. Que você vê, que me perdoe
o jargão a la Galvão Bueno, que ele luta com o coração na ponta da luva. Não por menos, ele vem caindo nas graças da torcida, desbancando lutadores pop
stars, que adoram fazer média com o público. Fazer média e falar bonito é
fácil. Quero ver ir comemorar lá no meio.
CARD
PRINCIPAL
Vitor
Belfort honrou seu nome. Ok, ele não é mais o mesmo de quando derrotou
Wanderlei Silva nos primórdios do UFC. Mas continua avassalador. Deu alguns
sustos, mas nada que comprometesse a sua incontestável vitória com um mata-leão
sobre o enorme Anthony Johnson ainda no R1 (quero ver o resultado do exame
antidoping deste cara).
Toquinho
levou mais um calcanhar para sua coleção, desta vez do americano Mike Massenzio
no R1. E um dos destaques da noite ficou para o incrível nocaute de Edson
Barboza sobre Terry Etim, no R3, com um chute giratório na cara do americano.
E
teve gente que achava que o UFC 142 teria um fraco nível técnico e que as lutas
seriam ruins. Nunca duvide de um UFC. Nunca duvide de um José Aldo. Nunca
duvide de um Vitor Belfort. Nunca duvide que este UFC 142 fez história. Vamos
ver como serão os próximos! Eu quero ver é se o Spider tem a moral de ir para a
galera!
Ahh mlk!!! Esse evento foi sensacional mesmo!!! Apesar da vacilada que o Mario Yamasaki deu na luta do Erick Silva e da primeira luta (ricardo funch) que não deu em nada!! O evento foi sucesso total!!! Nivel técnico altíssimo!!!
ResponderExcluirQto ao golpe do toquinho... realmente ele levou mais um pra coleção... mas esse não foi tornozelo, foi joelho.
Sensacional... vai ser difícil o próximo UFC superar esse!!! Otra coisa... Aldo...nunk decepciona! kkkk