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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Chega de falsos ídolos!

Por Luiz Felipe Fogaça

Enquanto vimos nessa semana o “São Marcos”, um dos maiores jogadores que já presenciei em sua posição, se aposentar, São Paulo e Corinthians travam mais um capítulo na novela Montillo.

O que isso quer dizer? O que uma coisa tem a ver com a outra? Nada, ou quase nada. O fato para o qual quero chamar a atenção pode até ser um tanto quanto utópico, pode ser coisa de apaixonado, mas vamos lá: será que não teremos mais ídolos no futebol?

Não me venham com Neymar, Lucas, Valdivia, ou até mesmo Ronaldinho Gaúcho, que jogam muita bola, mas não têm a identificação de outrora. A carência por um ídolo é tanta que qualquer jogador que brilhe, mesmo que por apenas uma temporada, já pode ser considerado como tal. Kléber deu uma grande lição a todos e provou que muito mais do que bons jogos em um curto ou médio período não são suficientes para endeusar qualquer um.

Por mais que o marketing tente, de todas as formas, vender essa imagem de ídolo, para qualquer jogador que se destaque de alguma forma, ou tenha nome no mundo da bola, não é bem assim que funciona a coisa.

Com a aposentadoria de Marcos, no Brasil, apenas Rogério é o ídolo maior de uma torcida, plenamente identificado com as cores e os torcedores de seu time. Paralelo a isso, os clubes gastam cada vez mais dinheiro, para contratar craques e falsos craques, candidatos a ídolo por um ano.

Não vou nem entrar no mérito dos mercenários, mas é complicado. Muitas vezes mal sabemos o nome do jogador, sequer ele chegou a jogar no nosso time principal e já se transferiu para a Europa.

Acho improvável que o fico de Neymar e as verbas cada vez maiores mudem isso, mas quem sabe, em uma cidade não muito longe daqui, não podemos sonhar com a volta de jogadores realmente compromissados, com quem possamos nos identificar e chamar de nosso ídolo.

O que fazer? Eu não sei. Talvez muitos nem liguem para o fato e eu tenha que me acostumar com esses falsos beijos, essas juras de amor mentirosas, e aprender a idolatrar jogadores que desempenhem bem seu papel enquanto vestem o uniforme do meu time. Difícil!

Saudosismo e romance à parte, fico por aqui. Com uma homenagem a todos os Marcos, Rogério Ceni, Zico, Pelé, Garrincha, jogadores que são rapidamente ligados a um só clube, enfim, ídolos de verdade.

Um comentário:

  1. Da hora o texto, apesar de eu discordar um único ponto: o "FICO" do Neymar é um exemplo e uma vitória na questão de identificação de atletas com clubes nacionais. Apesar dele estar faturando uma noa preta, eu acredito na relação Neymar e Santos, que deve ficar até 2014.
    A formação de ídolos da bola tá cada vez mais difícil, enquanto o modelo que se vive futebol não for refeito, veremos nossos jogadores vazando e frustando a torcida que cada vez mais se desapega, zuado!
    E neste começo de ano já podemos assistir, na Copa SP, a próxima geração contaminada com o mesmo vírus desta atual!

    Braguinha

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