Por Tuca Veiga
Quem levantou mais cedo da cama neste domingo testemunhou mais do que a final de Grand Slam mais longa de todos os tempo (5h53). Acompanhou um duelo de dois monstros sagrados do esporte mundial.
Nadal, o Toro Miura, merecia sorte maior. Agora, são sete finais consecutivas em que o espanhol sucumbe ao talento do Joker. Mas, desta vez, vendeu mais caro do que nunca. Não apenas correu e lutou por cada ponto – como lhe é de costume – como jogou o fino da bola. Um repertório de jogadas que deixou o número 1 do mundo atordoado.
Djokovic, por sua vez, fez o que lhe é peculiar, jogou com a intensidade que o levou ao topo e fez o possível para concentrar a energia nos pontos importantes, sentando a mão em bolas vencedoras quando cansava de correr atrás dela em pontos mais longos. Pensei que neste domingo não seria suficiente.
O Toro é um cara que se pega em cada brechinha. E Djoko resolveu dá-las. Nadal elevou o nível de seu tênis, o que lhe deu um gás para acreditar na vitória. No tênis isso é meio caminho andado para manter o jogador focado. Com uma quebra a seu favor no quinto set, teve o jogo nas mãos.
No entanto, do outro lado havia o maior atleta da história da Sérvia. Novak buscou, chegou junto, empatou o duelo e fez com que todos acreditassem que, naquela altura, o mais justo seria dividir o troféu, pois ambos esbanjavam categoria de campeão. O público soube reconhecer e aplaudiu de pé cada rally, cada winner, cada ace.
Mas como, no final das contas, um dos dois tinha que levar o Australian Open para casa, Djokovic notou que Nadal fez dois errinhos que não vinham ocorrendo e abocanhou a oportunidade. Quebrou o serviço de Nadal, enfrentou o Toro enlouquecido por uma quebra e comprovou o porquê de estar no topo do ranking mundial.
Parabéns, Djokovic!
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