Páginas

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Copinha pode render bons frutos para o Coringão

Por Tuca Veiga

Críticas à parte, a Copinha deste ano tem tudo para ter uma final eletrizante. Os dois maiores vencedores da Copa SP colocam frente a frente a tradição que têm na competição, o peso das suas camisas e a estrutura de suas categorias de base.

Faz algum tempo que o Fluminense é o principal clube revelador do Rio de Janeiro. A estrutura de Xerém, que já foi mais elogiada – diga-se de passagem – tem feito os tricolores colherem alguns frutos. Dedé e Thiago Silva, por exemplo, candidatos à dupla de zaga na Copa de 2014, foram lapidados nos campos de Xerém.

O Corinthians rivaliza com São Paulo e Santos na estrutura que apresenta aos seus garotos. Enquanto o time da baixada tem no DNA a descoberta de novos talentos, o Tricolor ainda luta para equilibrar o que é de fato necessário para a descoberta de craque com o que, na realidade, não é nada mais do que puro mimo. Faz um tempinho que Juvenal notou que a molecada da base é mimada demais.

Voltando ao maior vencedor da Copinha, ouvi da boca de Andrés que a base alvinegra só traria resultados positivos daqui 4 ou 5 anos. Ou ele não conhecia muito o elenco atual, ou este time é uma grata surpresa. Comandados pelo excelente técnico Narciso (que já merece mais oportunidades no mercado da bola), o Coringuinha mostra a cada partida que pode colaborar com o técnico Tite.



Quem aguardava em casa o horário da estreia no Paulistão, contra o Mirassol, pôde se esbaldar com a primeira etapa da semifinal contra o Atlético-PR. Os destaques foram muitos. Se desta vez o elogiado lateral-esquerdo Dener pouco apareceu, o mesmo não se pode dizer do meia Matheuzinho. Garoto inteligente, liso, que bate com as duas. Os mais animados aproveitaram para falar: “Que Montillo, que nada”.

Ouvi boas referências do volante Gomes. Pela falta de um reserva para o Ralf, aproveitei para ficar atento ao futebol do garoto, que irá receber uma oportunidade no profissional. Mas confesso que não me empolgou muito, não. É bom no jogo aéreo, tem noção de posicionamento à frente da zaga, mas ainda dá muito bote errado.

Nesta partida, outro destaque foi o centroavante Douglas. Ou como apelidamos lá em casa: Douglão Fubá. A criança já tem – nada mais nada menos – que 98 quilos. No duelo, anotou três gols, todos eles típicos de centroavante. Com o excesso de jogadores para a função, acredito que a oportunidade só apareça mais para frente. Portanto, emprestá-lo para algum time do interior me parece uma boa.

No mais, sempre gostei das atuações do lateral-direito Cristiano, que por conta de todo o burburinho em cima do canhoto Dener, não foi muito citado. Também me agradaram as participações do zagueiro Marquinhos, capitão da Seleção Sub 17, que já atuou em um ou outro treinamento com os profissionais.

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...