Por Luiz Felipe Fogaça
O jejum de títulos é o menor dos problemas, até por que no
final do ano passado o São Paulo ganhou um daqueles títulos sem valor que
sempre servem para esquentar as
discussões na mesa do bar e serem comemorados pelos fanáticos.
Até o começo do ano, para não irmos mais além, era
impossível quem colocasse o São Paulo como ameaçado pelo rebaixamento. Pelo
contrário, o time era considerado até favorito, com Ganso, Luis Fabiano, Lúcio,
Jadson, Osvaldo.
Pouco mais de seis meses se passaram e o pesadelo parece não
ter fim. Diretor correndo de carro em dia de jogo decisivo, churrasco pra
comemorar sabe lá Deus o que um dia depois de chegar a maior série de derrotas
da história do clube, jogadores descompromissados que não rendem e brigam entre
si. E um monarca inatingível, que deve reeleger sua chapa no comando.
O time foi na contramão de tudo que dizia ser e ostentava,
subiu para cabeça, o pensamento de que a estrutura funciona por si só reflete
diretamente em campo, quando vemos segundo tempos pífios, sem físico nenhum,
constantes contusões, zero poder de reação.
Paralelo a isso o ex-preparador físico faz o time do
Atlético-MG voar em campo e Rosan e Turíbio seguem como os melhores nomes em
recuperação de atletas e fisioterapia.
A máquina não vai bem e não existe luz no fim do túnel, por
hora é pedir a Deus que os bons nomes que existem no elenco joguem o que podem
e comecem a ganhar para tirar o time dessa incomoda posição.
Uma ligação muito mal explicada entre torcida e clube, basta
ver a nota oficial da torcida sendo disparada pelo clube para todos os
integrantes do projeto sócio-torcedor.
O fim parece óbvio,
resta torcer para que o meio seja modificado para que não cheguemos no trágico
e anunciado rebaixamento.