Por Luiz Felipe Fogaça
Confesso que não ia escrever esse texto, mas as discussões
sobre o jogo com amigos, inclusive alguns que não torcem para o São Paulo, me
fizeram perder a preguiça e cá estou.
O jogo de ontem, contra a Ponte Preta foi vencido na base da
superação e da sorte, ou falha do outro time, chame como quiser. Eu sei que
esse fator, faz parte de qualquer jogo de futebol, mas não dá para vencer
sempre apostando em superação, abafa e sorte.
Em minha opinião, o São Paulo tem o melhor time dessa Copa
do Brasil, desde o principio do torneio e não falo isso por que torço pelo time
e sim por que realmente acho.
Vamos ao que realmente interessa os problemas. Problemas
esses, que com a classificação, parece que sumiriam, mas estão ali, prontos
para aparecer, no menor sinal de fumaça. É óbvio que o triunfo e a vaga fizeram
com que eles ficassem menos visíveis, fossem mascarados digamos assim.
O que acontece, é que o Tricolor não tem um padrão tático, é
um amontoado de jogadores, que não se posicionam, correm atrás da bola para
marcar e atacam todos de uma vez, desordenadamente, o que em algumas horas dá
resultado. Os excessivos gols tomados em
escanteios e bolas aéreas provam o mau posicionamento da equipe, que parece mal
instruída por seu treinador, que ainda assim tem grande aproveitamento de
pontos a frente do São Paulo, mas será que com outro não teria ainda mais.
Leão
é vaidoso e não me parece o melhor para dar padrão a um time, por que isso o
São Paulo não tem. Sem contar que por
birra ou vaidade, cisma e queima alguns jogadores, como Jadson, que se para
muitos ainda não rendeu o esperado é quem muda o meio de campo, faz o time
girar a bola, a melhor bola parada, quem
mais dá assistência, fica claro, que sem ele perde-se muito no meio, ele TEM
que ser titular.
Outra questão a se levantar é a da diretoria, que de um
tempo pra cá, passou de referência no cenário nacional à ultrapassada. Sim,
ultrapassada. A começar por Juvenal que manda e desmanda no clube sem oposição
forte e contra a justiça que não reconhece seu novo mandato.
O mandatário Tricolor, que se intromete sim toda hora,
aprova contratações sem o mínimo critério, joga para torcida. O esforçado
Adalberto Baptista sofre sem experiência no cargo de maior importância, o de
diretor de futebol, sofre a ponto de não saber quem contratou Paulo Miranda.
Enquanto isso, desesperados, os
dirigentes vão errando e atropelando a tudo e a todos, a ponto de fazer o que
fizeram com o zagueiro acima citado.
Assim, sem falar a mesma língua, aos trancos e barrancos,
time, técnico e diretoria, vão indo, até quando? Não sei, mas nada será surpresa,
longe de mim cornetar e secar, por que o time é bom sim e só foi eliminado do
Paulista pelo Santos.